Setor de transporte registra queda no volume de serviços e amarga ano em baixa

O setor de serviços, que responde por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, desempenha um papel crucial na economia do país1. Quando o volume de serviços prestados cai, o impacto é significativo, e o alerta se acende para as empresas. Esse cenário foi evidenciado em 11 de outubro, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços, revelando uma retração de 0,4% em agosto, puxada principalmente pelo setor de transporte2.

Segundo o IBGE, a queda do volume de serviços registrada entre julho e agosto deste ano foi provocada por duas das cinco atividades investigadas. Houve queda no quesito Informação e Comunicação (-1,0%), o que já era esperado, uma vez que julho é mês de férias escolares e a receita dos cinemas, atividades comuns neste período, apresentou retração.

Mas é o setor de transporte o que mais preocupa especialistas. Com queda de 0,4% em relação a julho, o volume de serviços prestados em transporte vem caindo mês a mês. De janeiro a agosto de 2024, a retração acumulada é de -2,4%. Ao analisar individualmente o quesito, o IBGE verificou que o pior desempenho é o do transporte rodoviário de cargas, com uma queda acumulada nos oitos primeiros meses do ano em 4,3%, seguido pelo transporte aéreo, com -4,1%2.

Dessa forma, o volume de serviços prestados em transporte apresenta uma baixa de -7,7% com relação a agosto de 2023.

 

Crise climática aumenta a pressão sobre o setor de transporte

Os prejuízos financeiros e operacionais das empresas do setor de transporte no país estão escalando de maneira acentuada. Se o setor já sofre com variações do preço do combustível, o valor do frete, a insegurança nas rodovias, às más condições de infraestrutura das estradas e o alto custo e falta de mão de obra especializada, mais um ingrediente vem se juntar a essa receita de crise permanente: o impacto das mudanças climáticas.

Enquanto muitas empresas ainda se recuperam do forte impacto causado pela tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul em junho, que destruiu rodovias e fechou aeroportos, impedindo toda a cadeia logística de movimentação de cargas e passageiros para a região Sul do país, agora o problema é a seca na região norte, que impediu a passagem de embarcações na área Amazônica3.

Em 2023, o período de estiagem durou de setembro a dezembro e provocou uma redução de 18,44% no volume de cargas transportadas na região Norte. A expectativa é que nesta seca de 2024, os índices negativos devem se repetir. Já as enchentes de junho no Rio Grande do Sul causaram um prejuízo de R$ 850 milhões somente na estrutura portuária de Porto Alegre3.

Já no transporte aéreo, a suspensão de atividades no aeroporto Salgado Filho, no Rio Grande do Sul, causou uma queda no lucro operacional do segundo trimestre de aproximadamente US$ 25 milhões na Latam. Já a Gol Projetou uma queda de R$ 120 milhões no faturamento, o que foi atenuado em R$ 20 milhões, pela redução nos custos operacionais causados pela diminuição do número de voos realizados. A Azul, por sua vez, relatou um prejuízo de R$ 200 milhões3.

 

Enfrentando a crise com soluções inteligentes

A interrupção e os atrasos no transporte de cargas, seja pela destruição de infraestruturas no Sul ou pela seca que afetam a navegação no Norte, prejudicam toda a cadeia produtiva, elevando os custos e impactando a receita das empresas. Isso pode desencadear atrasos no pagamento de funcionários, fornecedores, aumento da inadimplência e até mesmo o fechamento de negócios.

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Fontes:

1 – Data MPE Brasil – Valor Adicionado Bruto a Preços Correntes

2 – Volume dos serviços varia -0,4% em agosto

3 – Crise climática afeta logística do país, e empresas relatam prejuízo milionário

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