Risco de inadimplência de empresas brasileiras atinge nível recorde

O Brasil vive um momento econômico extremamente delicado. Um dos impactos mais críticos das altas taxas de juros é o aumento no risco de inadimplência, que atingiu patamares inéditos, conforme estudo da consultoria FTI divulgado pelo Valor1. Segundo a análise feita com 34 empreendimentos, a probabilidade de as empresas darem calotes em um ano é de 6,27% em média1.

Esse cenário é influenciado diretamente pelo custo elevado do crédito, decorrente das taxas de juros praticadas no país. Com os juros altos, o financiamento fica mais caro, comprometendo o fluxo de caixa das empresas, muitas das quais dependem do crédito para expandir suas operações e enfrentar pressão financeira2.

A situação dos juros, por sua vez, agrava o quadro. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, fixando a taxa básica em 10,75% ao ano. Esse foi o primeiro aumento desde agosto de 2022, acentuando as incertezas no ambiente econômico3.

 

Calote: uma ameaça crescente

O risco de inadimplência de 6,27% registrado em 2024 é o mais elevado em oito anos. Para comparação, em 2016, durante uma recessão, esse índice era de 3,1%, e no auge da pandemia de Covid-19, atingiu 4,58%. Em 2023, o risco chegou a recuar para 1,77%, mas voltou a subir diante das implicações das condições econômicas2.

O estudo atribuiu essa alta a fatores como a volatilidade cambial, o pessimismo em relação ao aumento possível das taxas de juros, e o aumento das reestruturações financeiras. Somente em agosto deste ano, houve 238 pedidos de recuperação judicial, um salto de 76,3% em comparação com o mesmo período de 2023, configurando o segundo pior resultado mensal desde 2005.

Mesmo excluindo empresas já em processo de reestruturação, o risco de inadimplência continua significativo, com 4,29% das companhias enfrentando dificuldades.

 

Previsões indicam piora do cenário

Especialistas ouvidos pelo Valor alertam que muitas empresas estão destinando quase toda a receita operacional ao pagamento de juros, sem margem para novos investimentos ou redução do principal das dívidas1.

Uma melhoria no panorama dependerá de um ciclo de redução de juros e da estabilização cambial, ambos fatores incertos no curto prazo.

 

Estratégias para enfrentar o ciclo negativo

Com o aumento dos custos financeiros e a pressão cambial, o risco de inadimplência tende a crescer, agravando a crise financeira já enfrentada por muitas empresas. Nesse contexto, garantir a continuidade dos negócios, a manutenção dos empregos e o fluxo produtivo são desafios diários para os empresários.

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Fontes:

1 – Risco de inadimplência de companhias brasileiras atinge patamar recorde

2 – Risco médio de inadimplência das empresas brasileiras atinge recorde, aponta estudo

3 – Incerteza econômica permanece estável em setembro

4 – Micro e Pequenas Empresas registraram 183 pedidos de recuperações judiciais, mostra Serasa Experian

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