Geradoras de emprego e motores da economia local, as micro e pequenas empresas tem sofrido com a instabilidade brasileira e liderando pedidos de recuperação judicial no país
O Brasil possui cerca de 23,6 milhões de empresas ativas de acordo com o Data MPE Brasil, do Sebrae. Desse total, 7,4 milhões são microempresas (ME), 1,2 são empresas de porte pequeno (EPP) e 11,6 milhões são os microempresários individuais (MEI)1. Além de representar um dos principais pilares da economia brasileira, as micro e pequenas empresas também são grandes empregadoras do país.
De acordo com o Data MPE, em 2022, do total de empregados no Brasil, 22,2% atuavam em pequenas empresas e 19,4% eram funcionários de microempresas1. Dados mais recentes do Sebrae mostram que as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram responsáveis por 57,5% dos 201.705 empregos com carteira assinada criados no país em junho2.
No entanto, as MPEs são extremamente vulneráveis à instabilidade da economia nacional. Tanto que dos 228 pedidos de recuperação judicial registrados em julho deste ano, 166 foram apresentados por micro e pequenas empresas, conforme o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian3. Em 19 anos, esses foram os piores números registrados em um mês de julho. E na comparação com julho de 2023, a alta foi de 167,7%.
Desde o início do ano, o número de micro e pequenas empresas que ingressaram com pedidos de recuperação judicial também assusta. Foram 879 solicitações entre janeiro e julho. De acordo com a Serasa, os números de 2024 são maiores que os dos sete primeiros meses de 2022 e 2023 somados, que foi de 704.
Inadimplência segue como principal desafio
O número recorde de MPEs à beira da insolvência pode ser explicado pelo elevado índice de inadimplência, conforme avaliação do economista Luiz Rabi, da Serasa Experian3. Em junho, do total dos 6,9 milhões de negócios com o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no vermelho, 6,5 milhões eram Micro e Pequenas. O total de dívidas acumuladas eram de mais de R$ 125,7 bilhões, com uma média de sete contas em atraso por CNPJ4.
O cenário econômico instável também fere a saúde financeira dos micros e pequenos negócios. Sondagem divulgada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) mostra que 50% dos 712 entrevistados avaliaram que as vendas do primeiro semestre ficaram abaixo do esperado5. Em outra pesquisa realizada pelo Simpi, 44% dos industriais avaliam o cenário econômico nacional como ruim ou péssimo, especialmente com relação à taxa Selic de juros que em dois anos foi de 2% para 13,75%6.
Essa tendência pode levar a um recorde de pedidos de recuperação judicial em 2024, com muitas empresas sendo empurradas à falência, evidenciando uma crise profunda no ambiente de negócios do país.
Cenário exige novas parcerias
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Fontes:
1 – Data MPE Brasil, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
2 – Micro e pequenas empresas geram seis de cada dez empregos em junho
3 – Micro e pequenas empresas batem recorde e lideram pedidos de recuperação judicial
4 – Inadimplência das empresas se mantém estável em junho, revela Serasa Experian
5 – Micro e Pequenas: desempenho pífio e baixa expectativa, mostra pesquisa
6 – Pequena indústria nacional vê melhora no ambiente econômico